Minha Casa, Minha Vida atrai investidor estrangeiro
Americanos e alemães querem saber mais sobre as condições do programa
Os investidores internacionais estão de olho no programa Minha Casa, Minha Vida, informou nesta quarta-feira (28) a superintendente da Caixa na capital fluminense, Nelma Souza Tavares. Com o mercado imobiliário do país aquecido, eles estão procurando o banco para conseguir informações sobre o programa habitacional do governo federal.
Segundo Nelma, a superintendência preparou, inclusive, uma apresentação do Minha Casa, Minha Vida em inglês, que é apresentada a investidores americanos, portugueses, japoneses, alemães e irlandeses. Eles querem informações sobre o financiamento, valor dos imóveis, as exigências, os documentos e o orçamento do governo para o programa. Nelma Tavares também revelou o programa diminui o déficit habitacional, que no Rio de Janeiro é estimado em 535 mil moradias.
Os números divulgados pela Caixa mostram que desde o início deste ano até dia 30 de março, no Rio de Janeiro, foram contratadas 17.655 unidades habitacionais, atingindo o valor de R$ 1,358 bilhão. No mesmo período do ano passado, o banco contratou 10.909 unidades no valor de R$ 849,13 milhões - um aumento é de 59%.
Em todo país, a Caixa financiou, de janeiro até o dia 23 deste mês, 126% a mais do que em igual período do ano passado. Os contratos somaram R$ 19,6 bilhões, contra R$ 8,7 bilhões de janeiro a abril de 2009.
Para Nelma, o crescimento do mercado imobiliário reflete a melhoria da economia brasileira. Ela atribuiu boa parte desse aumento ao programa Minha Casa, Minha Vida e acrescentou que a redução da taxa de juros nos financiamentos contribuiu para incrementar o mercado.
A superintendente da Caixa no Rio informou que o bom desempenho registrado no início de 2010 em todo país fez a instituição revisar para a cima a meta de financiamento imobiliário para este ano. A previsão que era de R$ 47 bilhões foi elevada para R$ 60 bilhões.
Segundo Nelma, que não faltará dinheiro porque “a Caixa está capitalizada e não temos problemas em relação ao mercado”.
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